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Trigo: Com maior rentabilidade, trigo pode expandir área plantada (Cepea)

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A rentabilidade do trigo tem semostrado melhor que a do milho no Brasil, especialmente no Paraná, onde aconcorrência por área entre as culturas é acirrada, segundo levantamentos decustos de produção realizados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados emEconomia Aplicada), da Esalq/USP. Esse cenário, somado às recentes perdas nocultivo do milho em decorrência da falta de chuva no Centro-Sul, pode impulsionaro plantio de trigo.

Em algumas regiões do Paraná,cálculos do Cepea mostram que a rentabilidade do trigo chega a 30% sobre oscustos operacionais, enquanto a do milho apresentou margem negativa de 17% –para esse resultado, foram considerados os valores médios pagos pelos insumos etambém os de venda da produção referentes aos meses de novembro/13 ajaneiro/14. Mesmo ao se computar os custos totais (operacionais e fixos), otrigo aponta igualdade com a receita total, enquanto para o milho, sobre ocusto total, as margens negativas são ampliadas.

Para o trigo, na região norte doParaná, tomou-se como base uma produtividade média de 47,52 sacas por hectare.Os dados médios apontam que o custo operacional da lavoura seria de R$ 32,59/scem janeiro/14, que, considerando um preço médio de R$ 42,50/sc de 60 kg,geraria rentabilidade de 30,4%. Para o milho segunda safra, na mesmalocalidade, o custo operacional seria de R$ 22,32/sc de 60 kg, para umaprodutividade de 74,38 sc/ha. Com preço médio de R$ 18,54/sc de 60 kg, arentabilidade seria negativa, em 17%.

Em Cascavel (PR), segundocálculos do Cepea, a rentabilidade da triticultura também ficaria na casa dos30%, com custo de R$ 32,20/sc de 60 kg e preço de venda de R$ 42,51/sc. Aprodutividade considerada foi de 41,32 sc/ha. Já para o milho de segunda safranesta região, a rentabilidade seria negativa, em 6%, para uma produtividade de82,64 sc/ha. O custo médio seria R$ 19,50/sc e o preço médio considerado foi deR$ 18,34/sc.

Esses resultados levaram em contaa produção dos dois cereais nas regiões paranaenses de Cascavel e Londrina. Asimulação baseou-se em coeficientes técnicos (doses de insumos eprodutividades) da safra 2012/13 levantados pela equipe Cepea junto aprodutores e consultores das praças estudadas, com a metodologia denominada“painel”, na qual se define uma propriedade padrão local.

No Paraná, o semeio do milho desegunda safra ocorreu em cerca de 60% da área prevista para cultura natemporada, mas, devido à falta de chuvas, as atividades estão atrasadas. Essecenário pode fazer com que o produtor reajuste seu planejamento e opte pelacultura de trigo.  Vale lembrar que ascotações do trigo estão em patamares considerados satisfatórios – apesar de aalta observada aos produtores não ter sido equivalente à observada no mercadode atacado –, devido a perdas de produção observadas no Paraná em 2013.

O Brasil não é autossuficiente enecessita importar pelo menos metade do trigo necessário para atendimento doconsumo doméstico. Nos últimos anos, apenas medidas paliativas foram tomadaspara suprir necessidades mais urgentes, sem readequar a cultura à demandainterna A histórica dificuldade de comercialização do trigo e a falta de apoiogovernamental são os principais fatores que fazem com que o produtor migre cadavez mais para a produção do milho de segunda safra.

Fonte: Cepea

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