Se você nunca participou de uma “Dança dascadeiras”, deve conhecer alguém que tenha disputado. O jogo original consisteem dispor um número menor de cadeiras do que a quantidade de participantes.Quando a música para, quem ficou sem lugar é eliminado. E que tal jogar de umjeito diferente, de maneira que o trabalho seja conjunto e todos saiamganhando? Esse é o princípio de um jogo cooperativo. Brincadeiras convencionaisreceberam novas regras e os objetivos agora são outros.
Os professores das escolas participantes doprograma CooperJovem, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem doCooperativismo (Sescoop), aprendem como “jogar diferente” na Oficina de JogosCooperativos oferecida pelo Sescoop, no Guarita Park Hotel, em Torres(RS). Sãotrês turmas com 70 professores de escolas localizadas na região Sul de SantaCatarina. Cada uma terá dois dias de capacitação, num total de 16 horas. Otreinamento segue até o dia 18 de março.
No evento, a nova versão da “Dança dascadeiras” termina com apenas um móvel para 50 participantes, por exemplo, etodos têm que se ajudar para que o grupo permaneça no jogo e assim todosganhem. De acordo com o ministrante da oficina, Fábio Otuzi Brotto, diferentedo jogo competitivo, o jogo cooperativo busca uma partida de pessoas com outraspessoas, se ajudando mutuamente, e não de umas contra outras. “Esse tipo deatividade desenvolve um conjunto de habilidades no participante como confiança,ajuda mútua e empatia. E todos podemos transferir essa prática para outras situaçõesda vida”, explica.
O facilitador da oficina acredita que oreflexo dessas atitudes aparecem em vários momentos do nosso dia a dia. Paraele, temos em casa mais recursos do que somos capazes de utilizar, por exemplo.E há quem não tenha essa possibilidade. Para exemplificar, ele cita o fato dealguém passar um mês fora de casa e deixar o carro na garagem. “Se um vizinhoque é pintor precisa do veículo, eu posso deixar o carro com ele e em troca elepintará o quarto do meu filho. Os dois saem beneficiados e sem gastar dinheiro”,destaca.
Esse resultado é o que espera a coordenaçãode promoção social do Sescoop/SC. “Para tanto, os professores são incentivadosa promover o exercício de convivência (viver-com-os-outros) e da cooperação(trabalhar-com-os-outros), através da metodologia de Jogos Cooperativos comouma prática cooperativa no cotidiano escolar, familiar e comunitário, salientaa coordenadora, Patrícia Gonçalves de Souza. O treinamento é dividido em quatro módulos, todos aplicados nos doisdias da oficina. São eles: Competir ou cooperar – qual a melhor jogada?; Oimportante é competir, o fundamental é cooperar; Jogos cooperativos, umapedagogia da cooperação; e Con-fiando a rede da cooperação.
